"Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário que adquira sentimento, senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo , doque é moralmente correto."
terça-feira, 29 de maio de 2012
Fique por dentro
As corujas são o símbolo da filosofia e da pedagogia devido a inteligência, argúcia, astúcia, sensibilidade, visão e audição super potente das corujas.
A coruja tem visão 180% superior ao do homem.
Pra cuidar de criança tem que ser quase um super herói, pra ficar atento a tudo, ser sensível, ter argumentos pra usar com crianças e precisa ser inteligente.
Frases Pedagogicas
Aquele a quem a palavra não educar, também o pau não educará.
Sócrates.
O professor só pode ensinar quando está disposto a aprender
Janoí Mamedes.
Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Cora Coralina.
O seu papel de pedagogo
Não é apenas ser Professora, Mestre, Tia, Coordenadora, Supervisora, Orientadora, Dona de escola.
É mais do que isso
É ser Responsável.
Ser Pedagogo é ter coragem de enfrentar uma sociedade deturpada, equivocada sem valores morais nem princípios.
Ser Pedagogo é ser valente, pois sabemos das dificuldades que temos em nossa profissão em nosso dia a dia.
Ser Pedagogo é saber conhecer seu caminho, sua meta, e saber atingir seus objetivos.
Ser Pedagogo é saber lidar com o diferente, sem preconceitos, sem distinção de cor, raça, sexo ou religião.
Ser Pedagogo é ter uma responsabilidade muito grande
nas mãos.
Talvez até mesmo o futuro......
É mais do que isso
É ser Responsável.
Ser Pedagogo é ter coragem de enfrentar uma sociedade deturpada, equivocada sem valores morais nem princípios.
Ser Pedagogo é ser valente, pois sabemos das dificuldades que temos em nossa profissão em nosso dia a dia.
Ser Pedagogo é saber conhecer seu caminho, sua meta, e saber atingir seus objetivos.
Ser Pedagogo é saber lidar com o diferente, sem preconceitos, sem distinção de cor, raça, sexo ou religião.
Ser Pedagogo é ter uma responsabilidade muito grande
nas mãos.
Talvez até mesmo o futuro......
Todo pedagogo deve conhecer...
Teoria de Jean Piaget
Construção do conhecimento:
Josiane Lopes, (revista Nova Escola - ano XI - Nº 95), cita que para quando o equilíbrio se rompe, o indivíduo age sobre o que o afetou buscando se reequilibrar. E para Piaget, isso é feito por adaptação e por organização.
Esquema:
Autores sugerem que imaginemos um arquivo de dados na nossa cabeça. Os esquemas são análogos às fichas deste arquivo, ou seja, são as estruturas mentais ou cognitivas pelas quais os indivíduos intelectualmente organizam o meio.São estruturas que se modificam com o desenvolvimento mental e que tornam-se cada vez mais refinadas à medida em que a criança torna-se mais apta a generalizar os estímulos.
Por este motivo, os esquemas cognitivos do adulto são derivados dos esquemas sensório-motores da criança e, os processos responsáveis por esses mudanças nas estruturas cognitivas são assimilação e acomodação.
Assimilação:
É o processo cognitivo de colocar (classificar) novos eventos em esquemas existentes. É a incorporação de elementos do meio externo (objeto, acontecimento, ...) a um esquema ou estrutura do sujeito.Em outras palavras, é o processo pelo qual o indivíduo cognitivamente capta o ambiente e o organiza possibilitando, assim, a ampliação de seus esquemas.
Na assimilação o indivíduo usa as estruturas que já possui.
Acomodação:
É a modificação de um esquema ou de uma estrutura em função das particularidades do objeto a ser assimilado.A acomodação pode ser de duas formas, visto que se pode ter duas alternativas:
- Criar um novo esquema no qual se possa encaixar o novo estímulo, ou
- Modificar um já existente de modo que o estímulo possa ser incluído nele.
Após ter havido a acomodação, a criança tenta novamente encaixar o estímulo no esquema e aí ocorre a assimilação.
Por isso, a acomodação não é determinada pelo objeto e sim pela atividade do sujeito sobre este, para tentar assimilá-lo.
O balanço entre assimilação e acomodação é chamado de adaptação.
Equilibração:
É o processo da passagem de uma situação de menor equilíbrio para uma de maior equilíbrio. Uma fonte de desequilíbrio ocorre quando se espera que uma situação ocorra de determinada maneira, eesta não acontece.
ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO
De acordo com Piaget, o desenvolvimento cognitivo é um processo de sucessivas mudanças qualitativas e quantitativas das estruturas cognitivas derivando cada estrutura de estruturas precedentes. Ou seja, o indivíduo constrói e reconstrói continuamente as estruturas que o tornam cada vez mais apto ao equilíbrio.
Essas construções seguem um padrão denominado por Piaget de ESTÁGIOS que seguem idades mais ou menos determinadas. Todavia, o importante é a ordem dos estágios e não a idade de aparição destes.
CURIOSIDADES
PIAGET
- O pai de Piaget, Arthur Piaget, era professor de literatura.
- Piaget com apenas 10 anos publicou, em Neuchâtel, um artigo sobre um pardal
branco.
- Aos 22 anos, Piaget já era doutor em Biologia.
- Piaget escreveu cerca de 70 livros e 300 artigos sobre Psicologia, Pedagogia
e Filosofia.
- Piaget casou-se com uma de suas assistentes, Valentine Châtenay.
- Observando seus filhos, desvendou muitos dos enigmas da inteligência
infantil.
- Vygotsky prefaciou a tradução russa de A Linguagem e o Pensamento da
Criança, de Piaget, de 1923.
- Vygotsky e Piaget não se conheceram pessoalmente.
BIBLIOGRAFIA DE JEAN PIAGET
Muda-se para a Zurique para estudar Psicologia (principalmente psicanálise). |
É convidado a trabalhar com testes de inteligência infantil. |
Assume o Gabinete Internacional de Educação (dedicado a estudos pedagógicos). |
Torna-se membro do conselho executivo e é várias vezes subdiretor geral, responsável pelo Departamento de Educação. |
Observação: Biografia retirada da reportagem "Jean Piaget", escrita pela jornalista Josiane Lopes, da revista Nova Escola, ano XI, nº 95, de agosto de 1996.
Dicas de livros para futuros pedagogos
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdqhizSeyfCuFAzxMzl_HgmITJF-1rDhhs58X4jewlKvYN-iA0LQmFWH3_J0wL9ROJpHb4lt0UjnVEP7kRkcOWWd7mBxOKDqr1pjQmJaQ7qshtArH57QT8x8sSlnG8Da_0ilBOZtLfXNA/s1600/formacaosocialmente.jpg)
Há muito tempo, o grande psicólogo russo L. S. Vygotsky é reconhecido como um pioneiro da Psicologia do Desenvolvimento. No entanto, sua teoria do desenvolvimento nunca foi bem-compreendida no Ocidente. “A Formação Social da Mente” vem suprir grande parte dessa falha. Trata-se de uma seleção cuidadosa dos ensaios mais importantes de Vygotsky, editada por um grupo de eminentes estudiosos da sua obra.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPiMFHRysnL12jiBR2Q524cRqxPsjk_6MaALxfq80p66fUZ_iVDXZNt4qwKh0Qx7nc423L4ZavAtu78c2bHYFlntd8xv6yZ04STGt1V2Q7KXHO6ddHacFyu_KX_hvmqYdk1dOjnA62HgE/s1600/acao.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisUlzk_QQcQSMtD1FmAbNpZZfF5d3JJOu5Yxct5aJM88vZlIeiZ1bMgbO2jPhIGOfLDYjgqfrQfm7Dh-SRqEhiYflUW2ob4XX_w2hUogwc3JOoaZ-fjIJc0i9EXfuV1784qToomTdXbdU/s1600/pedagogiabrasil.jpg)
Palavras-chave: Pedagogia. Ensino Fundamental. Escola Nova. Construtivismo, Educação Básica
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Matando a curiosidade
Entre os mestres que contribuem para a formação da infância, encontra-se o pedagogo.
Na Grécia Antiga um simples escravo ou servo encarregado de acompanhar a criança no trajeto do cotidiano entre a casa e as palestras. Muitas vezes, "escolhia-se para este cargo alguém que, devido à idade, a ser aleijado, ou a sofrer de outros defeitos, fosse incapaz para os serviços domésticos”.(Monroe, 1979: 41).
O pedagogo transportava a pequena bagagem de seu jovem amo e a lanterna que servia para iluminar o caminho. Por vezes até transportava a própria criança, se esta estivesse fatigada.
De modesto servidor, o pedagogo vai progressivamente adquirindo outras funções, nomeadamente ao nível da responsabilidade moral e do cuidado geral sobre a criança.
Na verdade, ao acompanhar a criança à palestra tornava-se necessário protegê-la contra os perigos da cidade. Porque passava com a criança grande parte do dia, o pedagogo exercia sobre o seu pupilo uma contínua vigilância. Não é de estranhar que, pouco a pouco, lhe fosse confiada a educação moral do seu pupilo. Quer isto dizer que, apesar do seu caráter servil e de pouco prestígio que muitas vezes lhe era atribuído, o pedagogo cuidava da educação moral da criança, das suas boas maneiras, do seu caráter.
A pequena lanterna que o pedagogo transportava, e que servia para iluminar o caminho acabou assim por adquirir o estatuto de uma metáfora.
Uma metodologia pedagogica
Todo o trabalho educativo está embasado na filosofia construtivista.
Construtivismo é uma das correntes teóricas empenhadas em explicar como a inteligência humana se desenvolve partindo do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio. A idéia é que o homem não nasce inteligente, mas também não é passivo sob a influência do meio, isto é, ele responde aos estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar o seu próprio conhecimento, de forma cada vez mais elaborada.
Em linhas gerais, o método de ensino que se inspira no construtivismo tem como base que aprender (bem como ensinar) significa construir novo conhecimento, descobrir nova forma para significar algo, baseado em experiências e conhecimentos existentes. O construtivismo difere da escola tradicional, porque ele estimula uma forma de pensar em que o aprendiz, ao invés de assimilar o conteúdo passivamente, reconstrói o conhecimento existente, dando um novo significado (o que implica em novo conhecimento).
Está presente no contexto do construtivismo:
- A exigência de uma dinâmica interna de momentos discursivos (raciocínio, dedução, demonstração...);
- O entendimento (aprendizado) do presente é baseado no passado e dá ao futuro nova construção - nessa aprendizagem o autor reconstrói o conhecimento, e o educador reflete sua prática pedagógica;
- O conhecimento encontra-se em constante reconstrução.
O papel do pedagogo
É o único profissional habilitado - por lei e formação - a preparar, administrar e avaliar currículos, orçamentos e programas escolares, além de poder atuar em atividades de pesquisa.
O mercado de trabalho para o pedagogo é amplo. Ele pode trabalhar em escolas públicas e particulares de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, empresas - no treinamento de pessoal - clínicas psicopedagógicas,
Delegacias de Ensino e escolas para alunos especiais.
Se quiser preparar-se para o Ensino Superior, o pedagogo pode realizar cursos de pós-graduação em Educação, Psicologia da Educação, Educação
Especial e demais áreas das Ciências Humanas.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
A IMPORTANCIA DA PEDAGOGIA HOSPITALAR
EDUCAR BRINCANDO TAMBÉM NOS HOSPITAIS E LABORÁTORIOS.
A Brinquedoteca é um espaço que reúne muitas possibilidades e potencialidades para desenvolver trabalhos sérios e relevantes para as crianças através da brincadeira.
Ela é indicada para qualquer idade do zero aos 100 anos e mais, não se restringe a faixa sócio econômica de seus freqüentadores, ela trás o resgate da importância do brincar para a criança.
Este espaço pode ser uma sala ou uma casa, pode ser simples ou muito incrementado, o mais importante é que ofereça as crianças oportunidades para que possam exercer seu direito de brincar e conhecer as brincadeiras.
Quando falamos em brinquedotecas instaladas em unidades da área da saúde, podemos pensar que elas podem estar sendo instaladas desde os convênios médicos e laboratórios de atendimento e unidades hospitalares, portanto alguns cuidados devem ser tomados desde a escolha dos brinquedos e sua higienização até a atuação do profissional que estará na sala.
O que é Pedagogia Hospitalar
A Pedagogia Hospitalar há anos está lutando para saber concretamente sua verdadeira definição. Ela se apresenta como um novo caminho tomado no meio profissional da educação, com um bom desempenho na conquista de seus ideais. É um processo educativo não escolar que propõe desafios aos educadores e possibilita a construção de novos conhecimentos e atitudes.
A Pedagogia Hospitalar envolve o conhecimento médico e psicológico, representando uma tarefa complexa. A realização dessa tarefa necessita de um
ponto de referência não médico: o enfoque formativo, instrutivo e psicopedagógico. Nisso germina um novo campo onde aparece uma inter-relação de trabalho que
permite delinear as fronteiras de aproximação conceitual do conhecimento demandado.
A enfermidade do educando muitas vezes o obriga a se ausentar da escola por um período prolongado,trazendo prejuízos às atividades escolares. Por esse
motivo há necessidade de uma projeção emergente que, além de atender o estado biológico e psicológico da criança, atenda também suas necessidades pedagógicas.
A criança sofre grandes influências do ambiente onde ela se encontra. Quando se sente fraca e doente, sem poder brincar, longe da escola, dos amigos e, fica desanimada e triste, sem estímulo para se curar.
O pedagogo, ao desenvolver um trabalho educativo com a criança internada, também trabalha o lúdico de forma
que alivie possíveis irritabilidades, desmotivação e estresse do paciente.
A continuidade dos estudos no período de internamento, traz maior vigor às forças vitais do educando, existindo aí um estímulo motivacional, tendo várias ações preponderantes e desencadeantes para sua recuperação.
Dessa maneira nasce uma predisposição que facilita sua cura.A escola-hospital possui uma visão que se propõe a um trabalho não somente de oferecer continuidade de instrução, mas também o de orientar a criança sobre o internamento evitando um trauma.
A Pedagogia Hospitalar envolve o conhecimento médico e psicológico, representando uma tarefa complexa. A realização dessa tarefa necessita de um
ponto de referência não médico: o enfoque formativo, instrutivo e psicopedagógico. Nisso germina um novo campo onde aparece uma inter-relação de trabalho que
permite delinear as fronteiras de aproximação conceitual do conhecimento demandado.
A enfermidade do educando muitas vezes o obriga a se ausentar da escola por um período prolongado,trazendo prejuízos às atividades escolares. Por esse
motivo há necessidade de uma projeção emergente que, além de atender o estado biológico e psicológico da criança, atenda também suas necessidades pedagógicas.
A criança sofre grandes influências do ambiente onde ela se encontra. Quando se sente fraca e doente, sem poder brincar, longe da escola, dos amigos e, fica desanimada e triste, sem estímulo para se curar.
O pedagogo, ao desenvolver um trabalho educativo com a criança internada, também trabalha o lúdico de forma
que alivie possíveis irritabilidades, desmotivação e estresse do paciente.
A continuidade dos estudos no período de internamento, traz maior vigor às forças vitais do educando, existindo aí um estímulo motivacional, tendo várias ações preponderantes e desencadeantes para sua recuperação.
Dessa maneira nasce uma predisposição que facilita sua cura.A escola-hospital possui uma visão que se propõe a um trabalho não somente de oferecer continuidade de instrução, mas também o de orientar a criança sobre o internamento evitando um trauma.
Atendimento Hospitalar no Brasil
Em nosso país, verificamos que são poucos os hospitais que oferecem esse diferencial de atendimento em suas pediatrias, podemos mencionar o Hospital Infantil Joana de Gusmão no Sul; Hospital das Clinicas de Ribeirão Preto, Hospital de Clínicas – UNESP de Botucatu, Hospital Amaral Carvalho em Jaú, Hospital Materno Infantil de Marília; Centro Infantil Boldrini em Campinas e o INCA no Rio de Janeiro, em São Paulo há 20 classes na Capital e 13 no Interior, as classes hospitalares funcionam nos seguintes hospitais: Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – são quatro classes, vinculadas à Escola Estadual Arthur Guimarães; Hospital Darcy Vargas – oito classes vinculadas à Escola Estadual Adolfo Trípoli; Hospital do Servidor Público Estadual – duas classes ligadas à Escola Estadual César Martinez; Hospital de Clínicas de São Paulo – (com duas classes) e Hospital Emílio Ribas (com três classes), que mantêm vínculo com a Escola Estadual Vítor Oliva; Hospital AC Camargo – duas classes da Escola Estadual Presidente Roosevelt; Hospital Cândido Fontoura – uma classe pertencente à Escola Estadual Antônio Queiroz Telles; e o Instituto da Criança. Constatamos que na rede privada de hospitais é oferecido às crianças atividades recreacionistas e ludo pedagógico em brinquedotecas como cumprimento de Lei; sendo desenvolvidas muitas vezes pelo setor voluntariado, que não possui formação e capacitação para a realização deste atendimento. O atendimento pedagógico busca favorecer toda estratégia que ajude o desenvolvimento desta modalidade educacional e que sensibilize os agentes da educação e da saúde sobre a importância do atendimento educacional à criança hospitalizada.
![](http://img1.blogblog.com/img/icon18_wrench_allbkg.png)
Classes Hospitalares e o direito à educação
A concepção de classes escolares em hospitais é conseqüência da importância formal de que crianças hospitalizadas, independentemente do período de permanência no estabelecimento, têm necessidades educativas e direitos de cidadania, onde se abrange a escolarização. A Educação é direito de todos e dever do Estado e da família. O direito a educação se expressa como direito à aprendizagem e a escolarização.
O artigo 214 da Constituição Federal afirma que as ações do Poder Público devem conduzir à universalização do atendimento escolar. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional assegura que o Poder Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino (art. 5º § 5º), podendo organizar-se de diferentes formas para garantir o processo de aprendizagem (art 23).
A escola, é o lugar fundamental para o encontro do educando com o saber sistematizado. Porém para possibilitar o acompanhamento pedagógico e educacional e garantir a continuidade do procedimento escolar de crianças e jovens do ensino regular, garantindo a conservação da conexão com a escola de origem, através de um currículo flexibilizado e adaptado da ação docente, a Secretaria de Educação em convênio firmado com a Secretaria de Saúde criou um programa de acolhimento diferenciado às crianças e jovens, internados em Hospitais, que necessitam de acompanhamento educacional especial, para que os mesmos não percam a ligação com a escola, oferecendo atendimento sistemático e diferenciado, no âmbito da Educação Básica, individual ou coletivo em Classe Hospitalar ou no leito, conforme a necessidade do educando que se encontra incapaz de freqüentar a escola provisoriamente. Além de um ambiente próprio para a Classe Hospitalar, o acompanhamento poderá ser feito na enfermaria, no leito ou no quarto de isolamento, uma vez que as restrições conferidas ao educando por sua condição clínica ou de tratamento assim requeiram.
Para atuar em Classes Hospitalares, o professor deverá estar habilitado para trabalhar com diversidade humana e diferentes experiências culturais, identificando as necessidades educacionais especiais dos educandos impedidos de freqüentar a escola, decidindo e inserindo modificações e adaptações curriculares em um processo flexibilizador de ensino/aprendizagem . O professor deverá ter a formação pedagógica, preferencialmente em Educação Especial ou em curso de Pedagogia e terá direito ao adicional de insalubridade. A legislação brasileira reconhece o direito de crianças e adolescentes hospitalizados ao acompanhamento pedagógico-educacional. (Política Nacional de Educação Especial (MEC/SEESP, 1994 e 1995). Essa propõe que a educação em hospital seja realizada através da organização de classes hospitalares, devendo-se assegurar oferta educacional não só aos pequenos pacientes com transtornos do desenvolvimento, mas, também, às crianças e adolescentes em situações de risco, como é o caso da internação hospitalar (Fonseca,1999). ).
A prática pedagógica nesse lócus de atendimento exige dos profissionais da educação maior flexibilidade, em relação ao número de crianças que irão ser atendidas , assim como ao período que cada uma delas permanecerá internada, bem como às diferentes patologias. Para este atendimento não existe uma receita pronta, constituindo-se em um desafio a ser alcançado. As professoras devem buscar parceria com os familiares, que exercem proeminente papel, como figura de apoio e cooperação no sucesso da qualidade do ensino/aprendizagem e na qualidade de vida.
O artigo 214 da Constituição Federal afirma que as ações do Poder Público devem conduzir à universalização do atendimento escolar. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional assegura que o Poder Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino (art. 5º § 5º), podendo organizar-se de diferentes formas para garantir o processo de aprendizagem (art 23).
A escola, é o lugar fundamental para o encontro do educando com o saber sistematizado. Porém para possibilitar o acompanhamento pedagógico e educacional e garantir a continuidade do procedimento escolar de crianças e jovens do ensino regular, garantindo a conservação da conexão com a escola de origem, através de um currículo flexibilizado e adaptado da ação docente, a Secretaria de Educação em convênio firmado com a Secretaria de Saúde criou um programa de acolhimento diferenciado às crianças e jovens, internados em Hospitais, que necessitam de acompanhamento educacional especial, para que os mesmos não percam a ligação com a escola, oferecendo atendimento sistemático e diferenciado, no âmbito da Educação Básica, individual ou coletivo em Classe Hospitalar ou no leito, conforme a necessidade do educando que se encontra incapaz de freqüentar a escola provisoriamente. Além de um ambiente próprio para a Classe Hospitalar, o acompanhamento poderá ser feito na enfermaria, no leito ou no quarto de isolamento, uma vez que as restrições conferidas ao educando por sua condição clínica ou de tratamento assim requeiram.
Para atuar em Classes Hospitalares, o professor deverá estar habilitado para trabalhar com diversidade humana e diferentes experiências culturais, identificando as necessidades educacionais especiais dos educandos impedidos de freqüentar a escola, decidindo e inserindo modificações e adaptações curriculares em um processo flexibilizador de ensino/aprendizagem . O professor deverá ter a formação pedagógica, preferencialmente em Educação Especial ou em curso de Pedagogia e terá direito ao adicional de insalubridade. A legislação brasileira reconhece o direito de crianças e adolescentes hospitalizados ao acompanhamento pedagógico-educacional. (Política Nacional de Educação Especial (MEC/SEESP, 1994 e 1995). Essa propõe que a educação em hospital seja realizada através da organização de classes hospitalares, devendo-se assegurar oferta educacional não só aos pequenos pacientes com transtornos do desenvolvimento, mas, também, às crianças e adolescentes em situações de risco, como é o caso da internação hospitalar (Fonseca,1999). ).
A prática pedagógica nesse lócus de atendimento exige dos profissionais da educação maior flexibilidade, em relação ao número de crianças que irão ser atendidas , assim como ao período que cada uma delas permanecerá internada, bem como às diferentes patologias. Para este atendimento não existe uma receita pronta, constituindo-se em um desafio a ser alcançado. As professoras devem buscar parceria com os familiares, que exercem proeminente papel, como figura de apoio e cooperação no sucesso da qualidade do ensino/aprendizagem e na qualidade de vida.
Objetivos da Pedagogia Hospitalar
A Pedagogia Hospitalar vem se expandindo no atendimento à criança
hospitalizada, e em muitos hospitais do Brasil tem se enfatizado a filosofia
humanística.
Um dos objetivos da classe hospitalar, na área sócio-política, e o de
defender o direito de toda criança e adolescente a cidadania, e o respeito às
pessoas com necessidades educacionais especiais e no direito de cada um ter
oportunidades iguais.
Como pratica deste trabalho Humanista, o nosso trabalho deverá ser o
de ter os olhos voltados para o ser global, e não somente para o corpo e as
necessidades físicas, emocionais, afetivas e sociais do individuo.
Como um de seus objetivos a Classe Hospitalar possibilita a
compensação de faltas e devolver um pouco de normalidade à maneira de
viver da criança.PEDAGOGIA EMPRESARIAL
· PEDAGOGIA
A Pedagogia é um tema muito rico, e por ser muito extenso requer muito estudo e pesquisa. Depende não só das gerações passadas, dos desbravadores deste campo, mas também das novas gerações de profissionais ousarem e produzirem trabalhos e pesquisa com qualidades científicas para dar continuidade ao trabalho já começado. Atualmente, além da Instituição Escolar, notamos grande interesse nas áreas hospitalar e empresarial, além da clínica clássica.Surgida no século XVII, pedagogia tende para um objetivo prático definido, através de meios (processos e técnicas de ensino) eficientes para alcançá-los.
Komensky, considerado Pai da Pedagogia cujo sobrenome foi latinizado para Comenius, recebeu esse título pela descoberta de que o estudante merece cuidados especiais para efetivação de uma aprendizagem mais produtiva e deleitosa.
Os sentidos e à experiência eram de extrema importância para Comenius. Em Janua linguarum reservata (1631; A porta das línguas reaberta), manual para o ensino de línguas, utilizou desenhos com fins didáticos. Na Didática magna, propõe um sistema educativo a ser aplicado da infância aos estudos pós-universitários. A doutrina filosófica de Comenius, a qual ele deu o nome de pansophia, propõe a universalização do saber e a supressão dos conflitos religiosos e políticos.
As inovações introduzidas por Comenius nos métodos de ensino influenciaram em grande medida as reformas educativas e as teorias de eminentes pedagogos de séculos posteriores. Constantemente Comenius era chamado a vários países europeus para pôr em prática suas teorias pedagógicas e filosóficas. Estabeleceu-se finalmente em Amsterdã, onde morreu em 15 de novembro de 1670.
Desde então, o ensino transformou-se paulatinamente, retro-alimentado por novas propostas educativas iluminadas, em destaque a do francês Jean Jacques Rousseau no século XVIII, de seus seguidores e de numerosos educadores, mais próximos de nós, auxiliados pela eclosão da Psicologia que confirmou os acertos dos mestres pioneiros.
Os métodos de ensino sucederam-se uns aos outros, sempre no intuito de apresentar ao aluno uma aprendizagem de acordo com a sua faixa etária.
No decorrer do tempo, a Pedagogia, com seus objetivos e currículo pertinentes progredia, sempre direcionada à eficiência e eficácia do ensino, tomando por fim forma de curso, emancipando-se na Europa e nos Estados Unidos.
Ao consultar o que diz o Diretor Cientifico do CEFA, Paulo Ghiraldelli Junior, encontramos a seguinte definição para pedagogia:
Trata-se da pedagogia como o campo de conhecimentos que abriga o chamamos de "saberes da área da educação" - como a filosofia da educação, a didática, a educação e a própria pedagogia.
A pedagogia está ligada às suas origens na Grécia antiga. Aqueles que os gregos antigos chamavam de "pedagogo" era o escravo que levava a criança para o local da relação ensino-aprendizagem; não era exclusivamente um instrutor, ao contrario, era um condutor alguém responsável pela melhoria da conduta geral do estudante, moral e intelectual. Ou seja, o escravo pedagogo tinha a norma para a boa educação; se por acaso, precisasse de especialistas para a instrução, conduzia a criança até lugares específicos, os lugares próprios para o "ensino de idiomas, de gramática e calculo", de um lado, e para a "educação corporal" de outro.
A concepção que diz que a pedagogia é a parte normativa do conjunto de saberes que precisamos adquirir e manter se quisermos desenvolver uma boa educação, é mais ou menos consensual entre os autores que discutem a temática da educação.
O termo "pedagogia" designa a norma em relação à educação. "Que é que devemos fazer, e que instrumentos didáticos devemos usar, para a nossa educação?" - esta é a pergunta que norteia toda e qualquer corrente pedagógica, é o que deve estar na mente do pedagogo.
A Pedagogia é um tema muito rico, e por ser muito extenso requer muito estudo e pesquisa. Depende não só das gerações passadas, dos desbravadores deste campo, mas também das novas gerações de profissionais ousarem e produzirem trabalhos e pesquisa com qualidades científicas para dar continuidade ao trabalho já começado. Atualmente, além da Instituição Escolar, notamos grande interesse nas áreas hospitalar e empresarial, além da clínica clássica.Surgida no século XVII, pedagogia tende para um objetivo prático definido, através de meios (processos e técnicas de ensino) eficientes para alcançá-los.
Komensky, considerado Pai da Pedagogia cujo sobrenome foi latinizado para Comenius, recebeu esse título pela descoberta de que o estudante merece cuidados especiais para efetivação de uma aprendizagem mais produtiva e deleitosa.
Os sentidos e à experiência eram de extrema importância para Comenius. Em Janua linguarum reservata (1631; A porta das línguas reaberta), manual para o ensino de línguas, utilizou desenhos com fins didáticos. Na Didática magna, propõe um sistema educativo a ser aplicado da infância aos estudos pós-universitários. A doutrina filosófica de Comenius, a qual ele deu o nome de pansophia, propõe a universalização do saber e a supressão dos conflitos religiosos e políticos.
As inovações introduzidas por Comenius nos métodos de ensino influenciaram em grande medida as reformas educativas e as teorias de eminentes pedagogos de séculos posteriores. Constantemente Comenius era chamado a vários países europeus para pôr em prática suas teorias pedagógicas e filosóficas. Estabeleceu-se finalmente em Amsterdã, onde morreu em 15 de novembro de 1670.
Desde então, o ensino transformou-se paulatinamente, retro-alimentado por novas propostas educativas iluminadas, em destaque a do francês Jean Jacques Rousseau no século XVIII, de seus seguidores e de numerosos educadores, mais próximos de nós, auxiliados pela eclosão da Psicologia que confirmou os acertos dos mestres pioneiros.
Os métodos de ensino sucederam-se uns aos outros, sempre no intuito de apresentar ao aluno uma aprendizagem de acordo com a sua faixa etária.
No decorrer do tempo, a Pedagogia, com seus objetivos e currículo pertinentes progredia, sempre direcionada à eficiência e eficácia do ensino, tomando por fim forma de curso, emancipando-se na Europa e nos Estados Unidos.
Ao consultar o que diz o Diretor Cientifico do CEFA, Paulo Ghiraldelli Junior, encontramos a seguinte definição para pedagogia:
Trata-se da pedagogia como o campo de conhecimentos que abriga o chamamos de "saberes da área da educação" - como a filosofia da educação, a didática, a educação e a própria pedagogia.
A pedagogia está ligada às suas origens na Grécia antiga. Aqueles que os gregos antigos chamavam de "pedagogo" era o escravo que levava a criança para o local da relação ensino-aprendizagem; não era exclusivamente um instrutor, ao contrario, era um condutor alguém responsável pela melhoria da conduta geral do estudante, moral e intelectual. Ou seja, o escravo pedagogo tinha a norma para a boa educação; se por acaso, precisasse de especialistas para a instrução, conduzia a criança até lugares específicos, os lugares próprios para o "ensino de idiomas, de gramática e calculo", de um lado, e para a "educação corporal" de outro.
A concepção que diz que a pedagogia é a parte normativa do conjunto de saberes que precisamos adquirir e manter se quisermos desenvolver uma boa educação, é mais ou menos consensual entre os autores que discutem a temática da educação.
O termo "pedagogia" designa a norma em relação à educação. "Que é que devemos fazer, e que instrumentos didáticos devemos usar, para a nossa educação?" - esta é a pergunta que norteia toda e qualquer corrente pedagógica, é o que deve estar na mente do pedagogo.
· PEDAGOGIA NO BRASIL E SUA IDENTIDADE
É difícil falar sobre o curso de pedagogia no Brasil, sem antes traçar um panorama histórico sobre a educação no Brasil nos anos que antecederam à sua criação.
No final do período imperial houve uma intensa expansão das escolas elementares. Essa expansão exigia que o ensino fosse de qualidade e para alcançar a qualidade pretendida, fazia-se necessário que a formação de professores para esse nível se desse em cursos de nível médio nas ditas escolas normais. Contudo, a instabilidade no fluxo de escolas normais abertas e fechadas durante esse período prejudicava a formação para esse fim, visto que as escolas destinadas a esse segmento de formação ou eram particulares ou estavam agregadas aos Liceus e, por isso, sujeitas aos interesses de seus donos ou administradores em mantê-las.
Tentando amenizar esse problema, Leôncio de Carvalho sugeriu em 1878 que o exercício do magistério fosse facultativo a todos que se julgassem habilitados para tal, sem exigir uma formação mínima.
No entanto, em 1880 é criada, no Município da Corte (Rio de Janeiro), a primeira escola normal destinada tanto a professoras quanto a professores, sob a direção de Benjamim Constant e cujo funcionamento incluía o horário noturno.
Por quase meio século a escola normal foi o lócus formal e obrigatório para a formação de professores que atuariam nas escolas fundamentais, complementares e na própria escola normal. Somente no século XX é que se instalam nas escolas normais os cursos pós-normais - tidos como gérmen dos cursos superiores de pedagogia - impulsionados pela expansão das Escolas Normais ocorridas em todo Brasil por causa da República.
Embora as escolas oficiais fossem consideradas como escolas-modelos, a primeira iniciativa de transferir a formação pedagógica para o nível superior foi de caráter privado. Em 1901 a Ordem dos Beneditinos de São Paulo criou a Faculdade de Filosofia Ciências e Letras que tinha como anexo um Instituto de Educação. Em 1908 é criada a Universidade Católica - a sua Faculdade de Filosofia Ciências e Letras funcionou por seis anos tendo suas aulas ministradas por professores estrangeiros, até que, por ocasião da guerra, ela é fechada, devido ao esvaziamento de seu quadro de professores.
A Escola Normal do Distrito Federal (RJ), criada em 1890 para formar professores primários, viria a se transformar nos anos 30, do século XX, com outra organização, em Centro de Referência Nacional de Estudos Pedagógicos, tendo como objetivo o aperfeiçoamento no magistério. Essa teria sido a primeira iniciativa do governo de transferir para as instâncias superiores a formação pedagógica.
A primeira iniciativa de uma instituição pública para o estudo superior em educação, que realmente se efetivou, foi em São Paulo. Após várias reformulações, a Escola Normal da capital foi transformada em Instituto Pedagógico de São Paulo no qual era oferecido o curso de aperfeiçoamento e preparo de técnicos, inspetores, delegados de ensino, diretores e de professores para as escolas normais, contudo esse instituto mantinha um caráter híbrido de normal e pós-normal. Esse caráter híbrido permaneceu mesmo quando o instituto foi anexado à USP em 1933. Somente em 1938 quando ele é reduzido e transformado em uma seção da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras é que essa situação muda.
A pedagogia só passa a ser um curso superior quando, em 1931, é criada, pelos decretos n.º 19851 e 19852, a Faculdade de Educação Ciências e Letras da Universidade do Rio de Janeiro, que foi reformulada em 1939 e denominada Faculdade de Filosofia Ciências e Letras (FFCL), passando a ter uma seção específica para a pedagogia. O curso já foi instituído com a marca que o acompanharia em todo o seu desenvolvimento: a dificuldade em se definir a função do curso e, conseqüentemente, o destino de seus egressos.
Comprometendo todo o desenvolvimento do curso no Brasil, tanto em relação ao campo de trabalho do pedagogo, quanto à organização curricular do curso, questiona-se sempre se o curso de pedagogia teria um conteúdo próprio e exclusivo que pudesse justificar sua existência.
É difícil falar sobre o curso de pedagogia no Brasil, sem antes traçar um panorama histórico sobre a educação no Brasil nos anos que antecederam à sua criação.
No final do período imperial houve uma intensa expansão das escolas elementares. Essa expansão exigia que o ensino fosse de qualidade e para alcançar a qualidade pretendida, fazia-se necessário que a formação de professores para esse nível se desse em cursos de nível médio nas ditas escolas normais. Contudo, a instabilidade no fluxo de escolas normais abertas e fechadas durante esse período prejudicava a formação para esse fim, visto que as escolas destinadas a esse segmento de formação ou eram particulares ou estavam agregadas aos Liceus e, por isso, sujeitas aos interesses de seus donos ou administradores em mantê-las.
Tentando amenizar esse problema, Leôncio de Carvalho sugeriu em 1878 que o exercício do magistério fosse facultativo a todos que se julgassem habilitados para tal, sem exigir uma formação mínima.
No entanto, em 1880 é criada, no Município da Corte (Rio de Janeiro), a primeira escola normal destinada tanto a professoras quanto a professores, sob a direção de Benjamim Constant e cujo funcionamento incluía o horário noturno.
Por quase meio século a escola normal foi o lócus formal e obrigatório para a formação de professores que atuariam nas escolas fundamentais, complementares e na própria escola normal. Somente no século XX é que se instalam nas escolas normais os cursos pós-normais - tidos como gérmen dos cursos superiores de pedagogia - impulsionados pela expansão das Escolas Normais ocorridas em todo Brasil por causa da República.
Embora as escolas oficiais fossem consideradas como escolas-modelos, a primeira iniciativa de transferir a formação pedagógica para o nível superior foi de caráter privado. Em 1901 a Ordem dos Beneditinos de São Paulo criou a Faculdade de Filosofia Ciências e Letras que tinha como anexo um Instituto de Educação. Em 1908 é criada a Universidade Católica - a sua Faculdade de Filosofia Ciências e Letras funcionou por seis anos tendo suas aulas ministradas por professores estrangeiros, até que, por ocasião da guerra, ela é fechada, devido ao esvaziamento de seu quadro de professores.
A Escola Normal do Distrito Federal (RJ), criada em 1890 para formar professores primários, viria a se transformar nos anos 30, do século XX, com outra organização, em Centro de Referência Nacional de Estudos Pedagógicos, tendo como objetivo o aperfeiçoamento no magistério. Essa teria sido a primeira iniciativa do governo de transferir para as instâncias superiores a formação pedagógica.
A primeira iniciativa de uma instituição pública para o estudo superior em educação, que realmente se efetivou, foi em São Paulo. Após várias reformulações, a Escola Normal da capital foi transformada em Instituto Pedagógico de São Paulo no qual era oferecido o curso de aperfeiçoamento e preparo de técnicos, inspetores, delegados de ensino, diretores e de professores para as escolas normais, contudo esse instituto mantinha um caráter híbrido de normal e pós-normal. Esse caráter híbrido permaneceu mesmo quando o instituto foi anexado à USP em 1933. Somente em 1938 quando ele é reduzido e transformado em uma seção da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras é que essa situação muda.
A pedagogia só passa a ser um curso superior quando, em 1931, é criada, pelos decretos n.º 19851 e 19852, a Faculdade de Educação Ciências e Letras da Universidade do Rio de Janeiro, que foi reformulada em 1939 e denominada Faculdade de Filosofia Ciências e Letras (FFCL), passando a ter uma seção específica para a pedagogia. O curso já foi instituído com a marca que o acompanharia em todo o seu desenvolvimento: a dificuldade em se definir a função do curso e, conseqüentemente, o destino de seus egressos.
Comprometendo todo o desenvolvimento do curso no Brasil, tanto em relação ao campo de trabalho do pedagogo, quanto à organização curricular do curso, questiona-se sempre se o curso de pedagogia teria um conteúdo próprio e exclusivo que pudesse justificar sua existência.
· EDUCAÇÃO NO TRABALHO - IMPORTÂNCIA
A educação é uma prática social humana. Ou seja, característica dos seres humanos, e realizada por todo e qualquer cidadão, em todas as instituições sociais. A educação tem por finalidade possibilitar o crescimento das pessoas como seres humanos; é processo de humanização. Tornar-se humano significa tornar-se partícipe do processo civilizatório, dos bens que historicamente foram produzidos pelos homens em sociedade e dos problemas gerados por esse mesmo processo.
Nesse sentido, a educação tem uma dimensão de continuidade que se traduz na transmissão dos conhecimentos, da cultura e dos valores, e, ao mesmo tempo, de ruptura, ou seja, de produzir-se novos conhecimentos, novas culturas, novos valores, a partir não apenas do avanço do conhecimento, mas da análise crítica dos resultados desse processo civilizatório, produto de grupos de interesses dominantes nas sociedades. Nesse sentido, a educação é, ao mesmo tempo, permanência e transformação, em busca de condições para o desenvolvimento humano de todas os sujeitos que nascem, garantido-lhes o usufruto dos bens da civilização e dotando-os de uma perspectiva analítica e crítica a fim de que se coloquem como construtores de novos modos de se processar a civilização.
Uma civilização que garanta as condições humanas de vida a todos, que assegure os direitos humanos para todos, de sobrevivência, de alimentação, de trabalho, de participação social, de elaboração da lei, de construção da democracia etc. A educação é inerente ao processo de humanização que ocorre na sociedade em geral. Por isso, afirmamos que a educação é uma prática social, histórica e situada em determinados contextos. Nesse sentido, é que podemos afirmar que a educação é uma práxis social. Estudá-la, analisá-la, compreendê-la, interpretá-la em sua complexidade, e propor outros modos e processos de ser realizada com vistas à construção de sociedade justa e igualitária, supõe a contribuição de vários campos disciplinares, dentre os quais o da pedagogia.
A pedagogia é um campo de conhecimento específico da práxis educativa que ocorre na sociedade. Diferente dos demais que não têm a educação como objeto específico de análise, mas que a ela podem se voltar. A sociologia, por exemplo, na sua raiz não tem a educação como objeto de estudo, mas há sociólogos que se voltam a ela, se valendo dos aportes da ciência sociológica para estudar dimensões da práxis educativa. O mesmo ocorre com a filosofia, a psicologia, a história e outras ciências que se voltam à educação. Essas disciplinas quando voltadas ao campo da educação, constituem nos cursos de pedagogia os fundamentos da educação.
Curiosamente não há dentre eles uma disciplina denominada pedagogia que se voltaria ao estudo do campo do pedagógico. Essa perspectiva, em geral, é coberta pela didática e por estudos do campo curricular, quando estudam as teorias e as idéias pedagógicas, sintetizando os aportes das disciplinas anteriores, focando nos resultados do ensino e da educação e dos sistemas escolares. Por sua vez, ciências como a física, a matemática, a geografia, a história, a biologia, as letras, têm-se constituído também como campo da pedagogia, por se voltarem aos estudos dos fundamentos dos métodos do ensino, uma das atividades profissionais do pedagogo.
A natureza dessas áreas de conhecimento de análise crítica dos modos de produção do humano e o desenvolvimento da pesquisa na própria formação dos pedagogos, em geral, têm possibilitado que o curso de pedagogia se constitua no único curso de graduação no qual se realiza a análise crítica e contextualizada da educação e do ensino enquanto práxis social. Talvez por isso, alguns hão de temer a pO PEDAGOGO E A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Geralmente, o pedagogo tem-se caracterizado como profissional responsável pela docência e especialidades da educação, como: Direção, Supervisão, Coordenação e Orientação Educacional, entre outras atividades específicas da escola. Podemos dizer que, dificilmente, encontra-se o profissional da educação desvinculado da escola propriamente dita, e inserido em outras atividades do mundo do trabalho, como em empresas, ainda que esse trabalho refira-se à educação, mas em uma perspectiva extra-escolar.
Ao analisar a estrutura de organização das disciplinas do curso de Pedagogia notamos que não há direcionamento específico para a atuação do pedagogo em empresas, fato esse que dificulta a inserção e conhecimento das possibilidades de atuação desse profissional nos processos produtivos. Por essa razão e, também, porque a escola constitui-se um local de trabalho bastante conhecido dos pedagogos, esses profissionais limitam sua procura a essas instituições.
Nesse momento, em que o curso de pedagogia passa por um processo de reestruturação com propostas divergentes de diretrizes curriculares e, também, considerando as modificações ocorridas no processo produtivo, faz-se importante contemplar a possibilidade de atuação desses profissionais em outros setores do mundo do trabalho.
edagogia.
A educação é uma prática social humana. Ou seja, característica dos seres humanos, e realizada por todo e qualquer cidadão, em todas as instituições sociais. A educação tem por finalidade possibilitar o crescimento das pessoas como seres humanos; é processo de humanização. Tornar-se humano significa tornar-se partícipe do processo civilizatório, dos bens que historicamente foram produzidos pelos homens em sociedade e dos problemas gerados por esse mesmo processo.
Nesse sentido, a educação tem uma dimensão de continuidade que se traduz na transmissão dos conhecimentos, da cultura e dos valores, e, ao mesmo tempo, de ruptura, ou seja, de produzir-se novos conhecimentos, novas culturas, novos valores, a partir não apenas do avanço do conhecimento, mas da análise crítica dos resultados desse processo civilizatório, produto de grupos de interesses dominantes nas sociedades. Nesse sentido, a educação é, ao mesmo tempo, permanência e transformação, em busca de condições para o desenvolvimento humano de todas os sujeitos que nascem, garantido-lhes o usufruto dos bens da civilização e dotando-os de uma perspectiva analítica e crítica a fim de que se coloquem como construtores de novos modos de se processar a civilização.
Uma civilização que garanta as condições humanas de vida a todos, que assegure os direitos humanos para todos, de sobrevivência, de alimentação, de trabalho, de participação social, de elaboração da lei, de construção da democracia etc. A educação é inerente ao processo de humanização que ocorre na sociedade em geral. Por isso, afirmamos que a educação é uma prática social, histórica e situada em determinados contextos. Nesse sentido, é que podemos afirmar que a educação é uma práxis social. Estudá-la, analisá-la, compreendê-la, interpretá-la em sua complexidade, e propor outros modos e processos de ser realizada com vistas à construção de sociedade justa e igualitária, supõe a contribuição de vários campos disciplinares, dentre os quais o da pedagogia.
A pedagogia é um campo de conhecimento específico da práxis educativa que ocorre na sociedade. Diferente dos demais que não têm a educação como objeto específico de análise, mas que a ela podem se voltar. A sociologia, por exemplo, na sua raiz não tem a educação como objeto de estudo, mas há sociólogos que se voltam a ela, se valendo dos aportes da ciência sociológica para estudar dimensões da práxis educativa. O mesmo ocorre com a filosofia, a psicologia, a história e outras ciências que se voltam à educação. Essas disciplinas quando voltadas ao campo da educação, constituem nos cursos de pedagogia os fundamentos da educação.
Curiosamente não há dentre eles uma disciplina denominada pedagogia que se voltaria ao estudo do campo do pedagógico. Essa perspectiva, em geral, é coberta pela didática e por estudos do campo curricular, quando estudam as teorias e as idéias pedagógicas, sintetizando os aportes das disciplinas anteriores, focando nos resultados do ensino e da educação e dos sistemas escolares. Por sua vez, ciências como a física, a matemática, a geografia, a história, a biologia, as letras, têm-se constituído também como campo da pedagogia, por se voltarem aos estudos dos fundamentos dos métodos do ensino, uma das atividades profissionais do pedagogo.
A natureza dessas áreas de conhecimento de análise crítica dos modos de produção do humano e o desenvolvimento da pesquisa na própria formação dos pedagogos, em geral, têm possibilitado que o curso de pedagogia se constitua no único curso de graduação no qual se realiza a análise crítica e contextualizada da educação e do ensino enquanto práxis social. Talvez por isso, alguns hão de temer a pO PEDAGOGO E A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Geralmente, o pedagogo tem-se caracterizado como profissional responsável pela docência e especialidades da educação, como: Direção, Supervisão, Coordenação e Orientação Educacional, entre outras atividades específicas da escola. Podemos dizer que, dificilmente, encontra-se o profissional da educação desvinculado da escola propriamente dita, e inserido em outras atividades do mundo do trabalho, como em empresas, ainda que esse trabalho refira-se à educação, mas em uma perspectiva extra-escolar.
Ao analisar a estrutura de organização das disciplinas do curso de Pedagogia notamos que não há direcionamento específico para a atuação do pedagogo em empresas, fato esse que dificulta a inserção e conhecimento das possibilidades de atuação desse profissional nos processos produtivos. Por essa razão e, também, porque a escola constitui-se um local de trabalho bastante conhecido dos pedagogos, esses profissionais limitam sua procura a essas instituições.
Nesse momento, em que o curso de pedagogia passa por um processo de reestruturação com propostas divergentes de diretrizes curriculares e, também, considerando as modificações ocorridas no processo produtivo, faz-se importante contemplar a possibilidade de atuação desses profissionais em outros setores do mundo do trabalho.
edagogia.
· O TRABALHO DO PEDAGOGO
Todos esses aspectos leva-nos a refletir sobre a possibilidade de um novo campo de atuação para o pedagogo, até agora pouco explorado. Para discutirmos a presença do pedagogo nos processos produtivos, elegemos três aspectos constitutivos da especificidade do trabalho desse profissional que nos parece interessantes serem aproveitados nos locais de produção, sendo eles: a interação com o sujeito, a reflexão sobre a prática do trabalho e a elaboração de programas instrucionais que priorizem a totalidade do processo de trabalho O trabalho costumeiramente desenvolvido pelo profissional da educação (o pedagogo) refere-se a oferecer instrumentos para que o sujeito aprenda a desvendar a realidade. Para que o conhecimento aconteça por parte do sujeito, o educador tem um papel fundamental que é o de oferecer subsídios de cunho teórico-prático para que a partir da ação o sujeito interfira na realidade.
Nesse sentido, o educador não é um mero transmissor de conhecimento, mesmo porque o processo pelo qual consolida-se o conhecimento pressupõe a interação entre sujeito estruturante e objeto a ser estruturado, assim, faz-se imprescindível notar que a função essencial do educador está em oferecer além dos conteúdos, os instrumentos que possibilitem e estimulem a busca do conhecimento por parte do sujeito.
Nos processos produtivos o não pretende ensinar a fazer o trabalho, mesmo porque ele não possui competência técnica para esse tipo de conteúdo específico e, ainda, essa concepção contradiz com a formação do sujeito criativo e ativo,
Os meios de representação não podem ser ensinados, assim como não se pode ensinar a forma ensinar e aprender significa ter compreendido e compreender. A afirmação de que a forma pode ser ensinada só pode parecer verdadeira a um intelecto grosseiro. (CARISTI, 1999, p. 249).
Como mencionamos anteriormente, se há no mundo do trabalho a necessidade de um conhecimento de caráter mais criativo e ativo, então a interação entre os profissionais responsáveis pela produção demonstra ser essencial. Essa interação conjuga a troca recíproca de conhecimento, de um lado, os técnicos, com o saber adquirido pelos anos de experiência na profissão e alguma formação institucional, de outro, os engenheiros e outros profissionais com formação de nível mais elevado, mas que muitas vezes se encontram desprovido de condições para socializar esse conhecimento com os demais. Assim, esses últimos acabam por centralizar em si a escolha dos procedimentos a serem utilizados na produção, perdendo a contribuição prática dos trabalhadores e emperrando a organização da empresa de acordo com as novas formas de organização do trabalho.
Pudemos observar que em uma das empresas pesquisadas utiliza como estratégia para a qualificação de seus quadros profissionais o programa de multiplicadores de treinamento, o qual requer do profissional maior responsabilidade e conhecimento, já que terá de dominar além de seu trabalho específico todo o processo de produção.
Esse tipo de programa requer do profissional outras habilidades como capacidade de compreensão e exposição de idéias, utilização e seleção de materiais didáticos para atingir fins determinados, capacidade de oratória entre outros.
Tudo parece indicar que a necessidade do mercado não se encontra mais fundamentada na divisão entre planejar e executar, por isso os treinamentos realizados simplesmente com suporte técnico não são mais suficientes. Para trabalhar nas novas formas de organização do trabalho, parece ser necessário o desenvolvimento intelectual e comportamental visando o trabalho conjunto.
Para que se consiga avanço na formação do trabalhador, Therrien julga oportuno,
As interações sociais como processo de socialização e de linguagem, proporcionam a elaboração conjunta dos significados em situações, desvelando a natureza parcial e completa do saber construído. (THERRIEN, 1996, p. 67).
Como parte de uma equipe interdisciplinar, o pedagogo por compreender o processo cognoscente pode contribuir na aprendizagem do profissional aguçando o desenvolvimento das potencialidades individuais através da interação entre os profissionais na seleção de metodologias adequadas proporcionando, assim, condições para que ocorra a aprendizagem por meio do trabalho.
Um outro aspecto da formação do pedagogo refere-se à reflexão sobre a prática, aliando teoria e prática. No âmbito da escola, a práxis é bastante discutida como elemento essencial na prática cotidiana da sala de aula. Ao falar sobre a valorização do saber produzido nas relações sociais, Therrien menciona que o pedagogo como profissional que faz das situações concretas que vive o seu instrumento de reflexão e elabora saber, esse mesmo saber faz com que o docente se relacione mais profundamente com o conhecimento. (THERRIEN, 1996, p. 67).
Nesse momento da sociedade capitalista tudo indica que seja oportuno para os setores produtivos estreitarem as relações existentes entre teoria e prática, canalizando essa união em benefício da qualificação profissional, ainda que, contraditoriamente, o interesse das empresas capitalista com a formação profissional seja a acumulação de capital.
Como mencionamos, juntamente com a tendência a uma maior proximidade entre categorias profissionais na produção, parece possível dizer que o diálogo visando a troca de experiência e, sobretudo, a capacidade de olhar para a produção extraindo dessa mesma realidade as necessidades práticas para encontrar novos caminhos constitui-se em um elemento importante para a empresa, como também, para despertar a capacidade criativa e de compreensão profissional.
Encontramos em Carvalho (1993), uma situação proveniente de levantamento de dados empíricos bastante relevante para compreendermos a importância da reflexão sobre a prática que quanto maior é a complexidade do processo (planta) maior o período de experiência necessário para adquirir tais qualificações de operações.
Esse trecho evidencia que o ato de executar encontra-se dissociado do ato de planejar, alienando o trabalhador da compreensão do processo produtivo. Nesse sentido, é oportuno que as experiências práticas estejam ligadas a instrumentos educacionais que, além de proporcionarem a participação dos trabalhadores no planejamento, execução e avaliação, levem o sujeito a perceber as situações provenientes da prática e as alternativas cabíveis para solucionar os problemas que surgem e propor inovações.
Para que se preconize inovações na produção, o componente intelectual demonstra ser indispensável, pois tudo parece indicar que somente com uma articulação de nível intelectual poderemos avançar no âmbito da qualificação profissional. Essa articulação compreende a interação com a realidade através do questionamento constante das práticas empregadas na produção, de modo a incorporar ou rejeitar as experiências que surgem.
Podemos encontrar em estudos como o de Market (1999), a importância de subsidiar as experiências provenientes da prática de suporte educacional, já que os pedagogos do trabalho nas indústria metalmecânica na Alemanha têm desenvolvido e aplicado o conceito de qualificação profissional com base na capacidade e conhecimento para compreender o processo de produção, aprendizagem direcionada às experiências surgidas no trabalho, objetivos que são orientados no processo total da produção incluindo planejamento, execução e controle do trabalho em cooperação, em seguida são desenvolvidas diretrizes didáticas que contemplam esses conceitos. (MARKET, 1999, p.157).
Estudos como o de Market demonstram a necessidade de desenvolver um conceito de qualificação profissional com base na nova forma e organizar a produção, e também, os novos modelos organizacionais parecem requerer que as experiências adquiridas na prática do trabalho estejam subsidiada de suporte educacional a fim de traduzir o momento no qual o trabalhador despende sua força de trabalho em ganhos individuais e que as equipes de trabalho inovem, troquem experiências e interajam entre si, não apenas em uma perspectiva de execução, mas de concepção do trabalho.
Um outro aspecto do trabalho que o pedagogo pode vir realizar na empresa se refere à elaboração de programas instrucionais ou diretrizes didáticas. Nas empresas podemos constatar que todas elas fazem um planejamento prévio das etapas de treinamento contendo conteúdos, objetivos, técnicas (lê-se metodologia) e avaliação, porém esse planejamento é realizado sem suporte educacional, ainda que o objetivo seja a qualificação dos trabalhadores, que por mais restrito que se entenda esse conceito, em geral, refere-se a aquisição de conhecimentos do processo produtivo e desenvolvimento de capacidades intelectuais e comportamentais no sujeito que aprende determinado conteúdo.
A organização sistemática das atividades a serem aplicadas no treinamento demanda um tipo de conhecimento específico da prática educativa, como a elaboração e seleção de materiais didáticos, instrumentalização didática dos profissionais e, ainda, a seleção de metodologia apropriada para conduzir a execução do treinamento.
A prática educativa pressupõe a superação dos elementos formais do programa de aprendizagem, não os excluindo, mas ultrapassando a simples organização formal para uma organização educativa, na qual o objetivo, o conteúdo, a metodologia e a avaliação são vistos interligados, sofrendo modificação, seleção e adaptação de modo a interferir na organização intelectual do sujeito.
Todos esses aspectos leva-nos a refletir sobre a possibilidade de um novo campo de atuação para o pedagogo, até agora pouco explorado. Para discutirmos a presença do pedagogo nos processos produtivos, elegemos três aspectos constitutivos da especificidade do trabalho desse profissional que nos parece interessantes serem aproveitados nos locais de produção, sendo eles: a interação com o sujeito, a reflexão sobre a prática do trabalho e a elaboração de programas instrucionais que priorizem a totalidade do processo de trabalho O trabalho costumeiramente desenvolvido pelo profissional da educação (o pedagogo) refere-se a oferecer instrumentos para que o sujeito aprenda a desvendar a realidade. Para que o conhecimento aconteça por parte do sujeito, o educador tem um papel fundamental que é o de oferecer subsídios de cunho teórico-prático para que a partir da ação o sujeito interfira na realidade.
Nesse sentido, o educador não é um mero transmissor de conhecimento, mesmo porque o processo pelo qual consolida-se o conhecimento pressupõe a interação entre sujeito estruturante e objeto a ser estruturado, assim, faz-se imprescindível notar que a função essencial do educador está em oferecer além dos conteúdos, os instrumentos que possibilitem e estimulem a busca do conhecimento por parte do sujeito.
Nos processos produtivos o não pretende ensinar a fazer o trabalho, mesmo porque ele não possui competência técnica para esse tipo de conteúdo específico e, ainda, essa concepção contradiz com a formação do sujeito criativo e ativo,
Os meios de representação não podem ser ensinados, assim como não se pode ensinar a forma ensinar e aprender significa ter compreendido e compreender. A afirmação de que a forma pode ser ensinada só pode parecer verdadeira a um intelecto grosseiro. (CARISTI, 1999, p. 249).
Como mencionamos anteriormente, se há no mundo do trabalho a necessidade de um conhecimento de caráter mais criativo e ativo, então a interação entre os profissionais responsáveis pela produção demonstra ser essencial. Essa interação conjuga a troca recíproca de conhecimento, de um lado, os técnicos, com o saber adquirido pelos anos de experiência na profissão e alguma formação institucional, de outro, os engenheiros e outros profissionais com formação de nível mais elevado, mas que muitas vezes se encontram desprovido de condições para socializar esse conhecimento com os demais. Assim, esses últimos acabam por centralizar em si a escolha dos procedimentos a serem utilizados na produção, perdendo a contribuição prática dos trabalhadores e emperrando a organização da empresa de acordo com as novas formas de organização do trabalho.
Pudemos observar que em uma das empresas pesquisadas utiliza como estratégia para a qualificação de seus quadros profissionais o programa de multiplicadores de treinamento, o qual requer do profissional maior responsabilidade e conhecimento, já que terá de dominar além de seu trabalho específico todo o processo de produção.
Esse tipo de programa requer do profissional outras habilidades como capacidade de compreensão e exposição de idéias, utilização e seleção de materiais didáticos para atingir fins determinados, capacidade de oratória entre outros.
Tudo parece indicar que a necessidade do mercado não se encontra mais fundamentada na divisão entre planejar e executar, por isso os treinamentos realizados simplesmente com suporte técnico não são mais suficientes. Para trabalhar nas novas formas de organização do trabalho, parece ser necessário o desenvolvimento intelectual e comportamental visando o trabalho conjunto.
Para que se consiga avanço na formação do trabalhador, Therrien julga oportuno,
As interações sociais como processo de socialização e de linguagem, proporcionam a elaboração conjunta dos significados em situações, desvelando a natureza parcial e completa do saber construído. (THERRIEN, 1996, p. 67).
Como parte de uma equipe interdisciplinar, o pedagogo por compreender o processo cognoscente pode contribuir na aprendizagem do profissional aguçando o desenvolvimento das potencialidades individuais através da interação entre os profissionais na seleção de metodologias adequadas proporcionando, assim, condições para que ocorra a aprendizagem por meio do trabalho.
Um outro aspecto da formação do pedagogo refere-se à reflexão sobre a prática, aliando teoria e prática. No âmbito da escola, a práxis é bastante discutida como elemento essencial na prática cotidiana da sala de aula. Ao falar sobre a valorização do saber produzido nas relações sociais, Therrien menciona que o pedagogo como profissional que faz das situações concretas que vive o seu instrumento de reflexão e elabora saber, esse mesmo saber faz com que o docente se relacione mais profundamente com o conhecimento. (THERRIEN, 1996, p. 67).
Nesse momento da sociedade capitalista tudo indica que seja oportuno para os setores produtivos estreitarem as relações existentes entre teoria e prática, canalizando essa união em benefício da qualificação profissional, ainda que, contraditoriamente, o interesse das empresas capitalista com a formação profissional seja a acumulação de capital.
Como mencionamos, juntamente com a tendência a uma maior proximidade entre categorias profissionais na produção, parece possível dizer que o diálogo visando a troca de experiência e, sobretudo, a capacidade de olhar para a produção extraindo dessa mesma realidade as necessidades práticas para encontrar novos caminhos constitui-se em um elemento importante para a empresa, como também, para despertar a capacidade criativa e de compreensão profissional.
Encontramos em Carvalho (1993), uma situação proveniente de levantamento de dados empíricos bastante relevante para compreendermos a importância da reflexão sobre a prática que quanto maior é a complexidade do processo (planta) maior o período de experiência necessário para adquirir tais qualificações de operações.
Esse trecho evidencia que o ato de executar encontra-se dissociado do ato de planejar, alienando o trabalhador da compreensão do processo produtivo. Nesse sentido, é oportuno que as experiências práticas estejam ligadas a instrumentos educacionais que, além de proporcionarem a participação dos trabalhadores no planejamento, execução e avaliação, levem o sujeito a perceber as situações provenientes da prática e as alternativas cabíveis para solucionar os problemas que surgem e propor inovações.
Para que se preconize inovações na produção, o componente intelectual demonstra ser indispensável, pois tudo parece indicar que somente com uma articulação de nível intelectual poderemos avançar no âmbito da qualificação profissional. Essa articulação compreende a interação com a realidade através do questionamento constante das práticas empregadas na produção, de modo a incorporar ou rejeitar as experiências que surgem.
Podemos encontrar em estudos como o de Market (1999), a importância de subsidiar as experiências provenientes da prática de suporte educacional, já que os pedagogos do trabalho nas indústria metalmecânica na Alemanha têm desenvolvido e aplicado o conceito de qualificação profissional com base na capacidade e conhecimento para compreender o processo de produção, aprendizagem direcionada às experiências surgidas no trabalho, objetivos que são orientados no processo total da produção incluindo planejamento, execução e controle do trabalho em cooperação, em seguida são desenvolvidas diretrizes didáticas que contemplam esses conceitos. (MARKET, 1999, p.157).
Estudos como o de Market demonstram a necessidade de desenvolver um conceito de qualificação profissional com base na nova forma e organizar a produção, e também, os novos modelos organizacionais parecem requerer que as experiências adquiridas na prática do trabalho estejam subsidiada de suporte educacional a fim de traduzir o momento no qual o trabalhador despende sua força de trabalho em ganhos individuais e que as equipes de trabalho inovem, troquem experiências e interajam entre si, não apenas em uma perspectiva de execução, mas de concepção do trabalho.
Um outro aspecto do trabalho que o pedagogo pode vir realizar na empresa se refere à elaboração de programas instrucionais ou diretrizes didáticas. Nas empresas podemos constatar que todas elas fazem um planejamento prévio das etapas de treinamento contendo conteúdos, objetivos, técnicas (lê-se metodologia) e avaliação, porém esse planejamento é realizado sem suporte educacional, ainda que o objetivo seja a qualificação dos trabalhadores, que por mais restrito que se entenda esse conceito, em geral, refere-se a aquisição de conhecimentos do processo produtivo e desenvolvimento de capacidades intelectuais e comportamentais no sujeito que aprende determinado conteúdo.
A organização sistemática das atividades a serem aplicadas no treinamento demanda um tipo de conhecimento específico da prática educativa, como a elaboração e seleção de materiais didáticos, instrumentalização didática dos profissionais e, ainda, a seleção de metodologia apropriada para conduzir a execução do treinamento.
A prática educativa pressupõe a superação dos elementos formais do programa de aprendizagem, não os excluindo, mas ultrapassando a simples organização formal para uma organização educativa, na qual o objetivo, o conteúdo, a metodologia e a avaliação são vistos interligados, sofrendo modificação, seleção e adaptação de modo a interferir na organização intelectual do sujeito.
· O PEDAGOGO EMPRESARIAL
O desenfreado desenvolvimento científico e tecnológico das últimas décadas tem marcado a sociedade contemporânea com profundas mudanças nas organizações, no modo de produção e nas relações humanas.
Verdades e conceitos têm sido questionados, mitos e comportamentos derrubados e o conhecimento tem ultrapassado os limites geográficos, sociais e educacionais com uma vertiginosa velocidade.
As novas tendências sociais e os novos rumos impostos pela Era da Informação influenciam diretamente a educação e o conhecimento. Administrar a quantidade de informações veiculadas e estar atualizado, atualmente, é uma tarefa extremamente difícil e especializada.
Segundo Marta Teixeira do Amaral, docente da Universidade Estácio de Sá em Pedagogia e Mestre em Educação e consultora em T&D, o velho esquema escolar da memorização, da erudição pela erudição oriundos da ação pedagógica da Companhia de Jesus na implantação do sistema educacional brasileiro, já não se enquadra nos moldes da nova construção sócio-econômica e educacional do país.
O mundo transforma-se a cada momento e o resultado mais visível desse processo é a obsolescência do conhecimento que os impele à atualização constante e contínua. O MEC evidenciou a intensidade do impacto desse novo formato social ao publicar os Referenciais para Formação de Professores. (GENTILI; BENCINI, 2000).
O documento descreve as novas competências do educador e as novas características das suas aulas, que devem priorizar a formação do aluno cidadão, capaz de estabelecer relações com o mundo que o cerca, analisar, pesquisar, estar atualizado e, sobretudo, aprender a aprender.
Os reflexos mutatórios na escola explicitam a exigência urgente do mercado de trabalho que não abriga mais o trabalhador mecanizado, mero executor de tarefas, personificado na figura robotizada do personagem do filme Tempos Modernos de Charles Chaplin. O ambiente organizacional contemporâneo requer o trabalhador pensante, criativo, pró-ativo, analítico, com habilidade para resolução de problemas e tomada de decisões, capacidade de trabalho em equipe e em total contato com a rapidez de transformação e a flexibilização dos tempos atuais.
Mas como conseguir isso? Como conseguir desenvolver competências nos alunos de nossas escolas atuais? Como contribuir para a construção de colaboradores autônomos, e com espírito de aprendizes? Como manter as organizações atualizadas no mundo que vive a transformação num ritmo frenético? Como transformar o ambiente de trabalho em um ambiente de aprendizagem permanente?
Diante dessas indagações surge a figura do Pedagogo Empresarial. Cada vez mais as empresas descobrem a importância da educação no trabalho e desvendam a influência da ação educativa do Pedagogo na empresa. O Pedagogo não é mais só o profissional que atua no ambiente escolar. Ao contrário, dispõe de uma imensa área de atuação, tais como: empresas de diversos setores, ONGS, editoras, sites, consultorias especializadas em T&D e em todas as áreas que requeiram um trabalho educativo.
A tarefa do Pedagogo Empresarial é, entre outras, a de ser o mediador e o articulador de ações educacionais na administração de informações dentro do processo contínuo de mudanças e de gestão do conhecimento. Gerenciar processos de mudança exige novas posturas e novos valores organizacionais, características fundamentais para empresas que pretendem manter-se ativas e competitivas no mercado.
Dessa forma, o profissional da educação atua na área de Recursos Humanos direcionando seus conhecimentos para os colaboradores da empresa com o objetivo da melhoria de resultados coletivos, desenvolve projetos educacionais, seleciona e planeja cursos de aperfeiçoamento e capacitação, representa a empresa em negociações, convenções, simpósios, realiza palestras, aporta novas tecnologias, pesquisa a utilização e a implantação de novos processos, avalia desempenho e desenvolve projetos para o treinamento dos funcionários.
Outra modalidade para a capacitação e treinamento dos recursos humanos no mercado empresarial é a Universidade Corporativa. Essas Universidades desenvolvem um sistema de aprendizado contínuo voltado para as necessidades específicas das empresas e de seus colaboradores. Contribuem para a aquisição dos conhecimentos dos novos processos de produção e valores organizacionais consoantes com a missão da empresa. Esse novo nicho educacional tem crescido e tende a intensificar-se nos próximos anos gerando uma demanda social de Pedagogos Empresariais. Hoje, algumas empresas que possuem Universidades Corporativas podem ser citadas: Embratel, Accor, Motorola, McDonald´s, Algar, Brahma. A mais nova inauguração é de responsabilidade do SERPRO - empresa pública da área de Tecnologia da Informação e Comunicações. (Revista Tema, 2004).
As organizações são formadas por pessoas: são elas que atendem ao público, despacham documentos, recebem recados, fazem pagamentos, tomam decisões... Há uma mútua simbiose entre pessoas e organizações: pessoas dependem das organizações e organizações dependem das pessoas. Dentro dessa interdependência e do novo paradigma de competitividade em mercados globais, o treinamento e o aprendizado são imprescindíveis para o aproveitamento das oportunidades pessoais e organizacionais e para a neutralização das ameaças ambientais. Os indicadores propulsores da aprendizagem organizacional são a criatividade e a inovação.
Segundo Peter Senge (1999, p. 320), autor do livro A Quinta Disciplina, os gerentes devem estimular e conduzir a mudança para criar organizações que aprendam. (SENGE apud CHIAVENATO, 1999).
A aprendizagem e o treinamento nas empresas são os diferenciais de competitividade, qualidade e lucratividade. Por esse motivo o investimento no conhecimento contínuo e coletivo do capital intelectual das empresas tende ao crescimento progressivo.
Esse conceito administrativo assemelha-se, integralmente, ao novo conceito educacional de escola e da sua função social: formar cidadãos autônomos. Segundo a Pedagoga Maria Inês Fini coordenadora do Enem, a escola não é mais o lugar de simples transmissão do conhecimento, é:
(...) o espaço das relações humanas moldadas, deve ser usada para aprimorar valores e atitudes, além de capacitar o indivíduo na busca de informações, onde quer que elas estejam, para usá-las no seu cotidiano. (Revista Nova Escola, 2000).
Torna-se evidente que a palavra de ordem hoje é Gestão do Conhecimento. Escolas e empresas que não repensarem seus modelos e agarrarem-se aos velhos paradigmas do aprendizado e das relações humanas, estarão, certamente, fadadas ao fracasso ou ao desaparecimento. A inexorabilidade da reestruturação sócio-econômica obriga que as escolas desenvolvam competências nos alunos para atender às exigências do mercado de trabalho e que as organizações reestruturem-se e transforme o ambiente de trabalho num ambiente de aprendizagem, contribuindo para a construção de pessoas que se antecipem aos acontecimentos, sejam atualizadas e saibam aprender a aprender.
O desenfreado desenvolvimento científico e tecnológico das últimas décadas tem marcado a sociedade contemporânea com profundas mudanças nas organizações, no modo de produção e nas relações humanas.
Verdades e conceitos têm sido questionados, mitos e comportamentos derrubados e o conhecimento tem ultrapassado os limites geográficos, sociais e educacionais com uma vertiginosa velocidade.
As novas tendências sociais e os novos rumos impostos pela Era da Informação influenciam diretamente a educação e o conhecimento. Administrar a quantidade de informações veiculadas e estar atualizado, atualmente, é uma tarefa extremamente difícil e especializada.
Segundo Marta Teixeira do Amaral, docente da Universidade Estácio de Sá em Pedagogia e Mestre em Educação e consultora em T&D, o velho esquema escolar da memorização, da erudição pela erudição oriundos da ação pedagógica da Companhia de Jesus na implantação do sistema educacional brasileiro, já não se enquadra nos moldes da nova construção sócio-econômica e educacional do país.
O mundo transforma-se a cada momento e o resultado mais visível desse processo é a obsolescência do conhecimento que os impele à atualização constante e contínua. O MEC evidenciou a intensidade do impacto desse novo formato social ao publicar os Referenciais para Formação de Professores. (GENTILI; BENCINI, 2000).
O documento descreve as novas competências do educador e as novas características das suas aulas, que devem priorizar a formação do aluno cidadão, capaz de estabelecer relações com o mundo que o cerca, analisar, pesquisar, estar atualizado e, sobretudo, aprender a aprender.
Os reflexos mutatórios na escola explicitam a exigência urgente do mercado de trabalho que não abriga mais o trabalhador mecanizado, mero executor de tarefas, personificado na figura robotizada do personagem do filme Tempos Modernos de Charles Chaplin. O ambiente organizacional contemporâneo requer o trabalhador pensante, criativo, pró-ativo, analítico, com habilidade para resolução de problemas e tomada de decisões, capacidade de trabalho em equipe e em total contato com a rapidez de transformação e a flexibilização dos tempos atuais.
Mas como conseguir isso? Como conseguir desenvolver competências nos alunos de nossas escolas atuais? Como contribuir para a construção de colaboradores autônomos, e com espírito de aprendizes? Como manter as organizações atualizadas no mundo que vive a transformação num ritmo frenético? Como transformar o ambiente de trabalho em um ambiente de aprendizagem permanente?
Diante dessas indagações surge a figura do Pedagogo Empresarial. Cada vez mais as empresas descobrem a importância da educação no trabalho e desvendam a influência da ação educativa do Pedagogo na empresa. O Pedagogo não é mais só o profissional que atua no ambiente escolar. Ao contrário, dispõe de uma imensa área de atuação, tais como: empresas de diversos setores, ONGS, editoras, sites, consultorias especializadas em T&D e em todas as áreas que requeiram um trabalho educativo.
A tarefa do Pedagogo Empresarial é, entre outras, a de ser o mediador e o articulador de ações educacionais na administração de informações dentro do processo contínuo de mudanças e de gestão do conhecimento. Gerenciar processos de mudança exige novas posturas e novos valores organizacionais, características fundamentais para empresas que pretendem manter-se ativas e competitivas no mercado.
Dessa forma, o profissional da educação atua na área de Recursos Humanos direcionando seus conhecimentos para os colaboradores da empresa com o objetivo da melhoria de resultados coletivos, desenvolve projetos educacionais, seleciona e planeja cursos de aperfeiçoamento e capacitação, representa a empresa em negociações, convenções, simpósios, realiza palestras, aporta novas tecnologias, pesquisa a utilização e a implantação de novos processos, avalia desempenho e desenvolve projetos para o treinamento dos funcionários.
Outra modalidade para a capacitação e treinamento dos recursos humanos no mercado empresarial é a Universidade Corporativa. Essas Universidades desenvolvem um sistema de aprendizado contínuo voltado para as necessidades específicas das empresas e de seus colaboradores. Contribuem para a aquisição dos conhecimentos dos novos processos de produção e valores organizacionais consoantes com a missão da empresa. Esse novo nicho educacional tem crescido e tende a intensificar-se nos próximos anos gerando uma demanda social de Pedagogos Empresariais. Hoje, algumas empresas que possuem Universidades Corporativas podem ser citadas: Embratel, Accor, Motorola, McDonald´s, Algar, Brahma. A mais nova inauguração é de responsabilidade do SERPRO - empresa pública da área de Tecnologia da Informação e Comunicações. (Revista Tema, 2004).
As organizações são formadas por pessoas: são elas que atendem ao público, despacham documentos, recebem recados, fazem pagamentos, tomam decisões... Há uma mútua simbiose entre pessoas e organizações: pessoas dependem das organizações e organizações dependem das pessoas. Dentro dessa interdependência e do novo paradigma de competitividade em mercados globais, o treinamento e o aprendizado são imprescindíveis para o aproveitamento das oportunidades pessoais e organizacionais e para a neutralização das ameaças ambientais. Os indicadores propulsores da aprendizagem organizacional são a criatividade e a inovação.
Segundo Peter Senge (1999, p. 320), autor do livro A Quinta Disciplina, os gerentes devem estimular e conduzir a mudança para criar organizações que aprendam. (SENGE apud CHIAVENATO, 1999).
A aprendizagem e o treinamento nas empresas são os diferenciais de competitividade, qualidade e lucratividade. Por esse motivo o investimento no conhecimento contínuo e coletivo do capital intelectual das empresas tende ao crescimento progressivo.
Esse conceito administrativo assemelha-se, integralmente, ao novo conceito educacional de escola e da sua função social: formar cidadãos autônomos. Segundo a Pedagoga Maria Inês Fini coordenadora do Enem, a escola não é mais o lugar de simples transmissão do conhecimento, é:
(...) o espaço das relações humanas moldadas, deve ser usada para aprimorar valores e atitudes, além de capacitar o indivíduo na busca de informações, onde quer que elas estejam, para usá-las no seu cotidiano. (Revista Nova Escola, 2000).
Torna-se evidente que a palavra de ordem hoje é Gestão do Conhecimento. Escolas e empresas que não repensarem seus modelos e agarrarem-se aos velhos paradigmas do aprendizado e das relações humanas, estarão, certamente, fadadas ao fracasso ou ao desaparecimento. A inexorabilidade da reestruturação sócio-econômica obriga que as escolas desenvolvam competências nos alunos para atender às exigências do mercado de trabalho e que as organizações reestruturem-se e transforme o ambiente de trabalho num ambiente de aprendizagem, contribuindo para a construção de pessoas que se antecipem aos acontecimentos, sejam atualizadas e saibam aprender a aprender.
· CONCLUSÃO
Em primeiro momento, algumas pessoas ainda acham que a Pedagogia está estritamente relacionada à área educativa ou docente, contudo, sabe-se que esta graduação habilita o profissional a atuar também me supervisão, orientação e em projetos de recursos humanos.
Hoje, este conceito amplia-se mais ainda com a noção do pedagogo empresarial. Segundo Neide Noffs, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP o pedagogo pode atuar em todas as áreas que requerem um trabalho educativo, portanto, está habilitado a militar no campo da andragogia - educação de adultos.
O curso de Pedagogia ainda não está devidamente voltado a educação empresarial, pois atêm-se muito à escola, por isso é importante cursar uma pós-graduação mais voltada para a empresa ou para os recursos humanos.
No ambiente empresarial, o pedagogo pode focar seu trabalho em duas direções: no funcionário ou no produto/serviço. Atuando com o funcionário, o pedagogo deve iniciar suas atividade conjuntamente com o departamento de RH, criando projetos educacionais que visem facilitar o aprendizado por parte dos funcionários. No segundo caso, este profissional atuará em empresas que vendem serviço/produtos educacionais como editoras, sites, ONGs. Desta forma, o pedagogo irá adequar a linguagem comercial ao tipo de produto oferecido, para expor de maneira satisfatória.
Nas grandes organizações, o pedagogo é o responsável pela elaboração de projetos de implantação de universidades corporativas, avaliando a viabilidade de cursos e programas educacionais; contatando profissionais e confeccionado material didático. Além disso, os pedagogos são os responsáveis por treinamentos de comportamento para as lideranças. Eles são os mais indicados para transmitir aos líderes, a maneira correta de como lidar com subordinados e como ensiná-los a realizar tarefas.
Pode-se ainda, como em qualquer profissão, prestar consultoria ou assessoria para organizações, em função de uma experiência adquirida em outras instituições. Ë válido salientar que à medida que o profissional pretende oferecer um serviço mais elaborado, é necessário especializar-se com cursos e pós-graduações, desta forma, chega um momento em que a graduação inicial foi apenas um ponto de partida.
De acordo com as reflexões acima tudo indica que há nos setores produtivos que implementam as novas formas de organização do trabalho a possibilidade de atuação do pedagogo. Por outro lado, pudemos constatar que a maior parte dos dirigentes, sejam eles de recursos humanos ou administrativos, manifestam desconhecimento do trabalho que o pedagogo possa realizar dentro da indústria. A maior parte dos diretores e dirigentes demonstra indicar o pedagogo como docente, restringindo seu trabalho à sala de aula. Embora esses dirigentes alegassem haver possibilidade de contratação de estagiários do curso de pedagogia, a concepção restrita do trabalho do pedagogo dificulta o acesso desse profissional à industria, pois dificilmente a empresa contratará um profissional desconhecendo sua área de atuação, ou seja, sem saber que conhecimento técnico esse profissional possui e em que ele poderia ser útil na empresa.
No entanto, para que os programas de qualificação profissional não contemplem a separação entre planejamento e execução, como no modelo taylorista - fordista, o pedagogo deve oferecer instrumentos que capacitem os demais agentes do processo produtivo a discutir, questionar, pesquisar e propor objetivos a serem alcançados, bem como auxiliar na escolha das metodologias mais apropriadas e materiais a serem utilizados.
Assim, podemos dizer que a especificidade do trabalho do pedagogo pode contribuir significativamente com os processos produtivos e a tendência é ampliar-se à medida que se desenvolvam as transformações produtivas em curso e se passe a requerer maior potencial intelectual.
Em primeiro momento, algumas pessoas ainda acham que a Pedagogia está estritamente relacionada à área educativa ou docente, contudo, sabe-se que esta graduação habilita o profissional a atuar também me supervisão, orientação e em projetos de recursos humanos.
Hoje, este conceito amplia-se mais ainda com a noção do pedagogo empresarial. Segundo Neide Noffs, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP o pedagogo pode atuar em todas as áreas que requerem um trabalho educativo, portanto, está habilitado a militar no campo da andragogia - educação de adultos.
O curso de Pedagogia ainda não está devidamente voltado a educação empresarial, pois atêm-se muito à escola, por isso é importante cursar uma pós-graduação mais voltada para a empresa ou para os recursos humanos.
No ambiente empresarial, o pedagogo pode focar seu trabalho em duas direções: no funcionário ou no produto/serviço. Atuando com o funcionário, o pedagogo deve iniciar suas atividade conjuntamente com o departamento de RH, criando projetos educacionais que visem facilitar o aprendizado por parte dos funcionários. No segundo caso, este profissional atuará em empresas que vendem serviço/produtos educacionais como editoras, sites, ONGs. Desta forma, o pedagogo irá adequar a linguagem comercial ao tipo de produto oferecido, para expor de maneira satisfatória.
Nas grandes organizações, o pedagogo é o responsável pela elaboração de projetos de implantação de universidades corporativas, avaliando a viabilidade de cursos e programas educacionais; contatando profissionais e confeccionado material didático. Além disso, os pedagogos são os responsáveis por treinamentos de comportamento para as lideranças. Eles são os mais indicados para transmitir aos líderes, a maneira correta de como lidar com subordinados e como ensiná-los a realizar tarefas.
Pode-se ainda, como em qualquer profissão, prestar consultoria ou assessoria para organizações, em função de uma experiência adquirida em outras instituições. Ë válido salientar que à medida que o profissional pretende oferecer um serviço mais elaborado, é necessário especializar-se com cursos e pós-graduações, desta forma, chega um momento em que a graduação inicial foi apenas um ponto de partida.
De acordo com as reflexões acima tudo indica que há nos setores produtivos que implementam as novas formas de organização do trabalho a possibilidade de atuação do pedagogo. Por outro lado, pudemos constatar que a maior parte dos dirigentes, sejam eles de recursos humanos ou administrativos, manifestam desconhecimento do trabalho que o pedagogo possa realizar dentro da indústria. A maior parte dos diretores e dirigentes demonstra indicar o pedagogo como docente, restringindo seu trabalho à sala de aula. Embora esses dirigentes alegassem haver possibilidade de contratação de estagiários do curso de pedagogia, a concepção restrita do trabalho do pedagogo dificulta o acesso desse profissional à industria, pois dificilmente a empresa contratará um profissional desconhecendo sua área de atuação, ou seja, sem saber que conhecimento técnico esse profissional possui e em que ele poderia ser útil na empresa.
No entanto, para que os programas de qualificação profissional não contemplem a separação entre planejamento e execução, como no modelo taylorista - fordista, o pedagogo deve oferecer instrumentos que capacitem os demais agentes do processo produtivo a discutir, questionar, pesquisar e propor objetivos a serem alcançados, bem como auxiliar na escolha das metodologias mais apropriadas e materiais a serem utilizados.
Assim, podemos dizer que a especificidade do trabalho do pedagogo pode contribuir significativamente com os processos produtivos e a tendência é ampliar-se à medida que se desenvolvam as transformações produtivas em curso e se passe a requerer maior potencial intelectual.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
PLATÃO... O PREIMEIRO PEDAGOGO
"A educação deve propiciar ao corpo e à alma toda a perfeição e a beleza que podem ter"
"Ao longo dos anos, os antigos encontraram uma boa receita para a educação: ginástica para o corpo e música para a alma" ...
Platão foi o primeiro pedagogo, não só por ter concebido um sistema educacional para o seu tempo, mas, principalmente, por tê-lo integrado a uma dimensão ética e política. O objetivo final da educação, para o filósofo, era a formação do homem moral, vivendo em um Estado justo.
Platão acreditava que, por meio do conhecimento, seria possível controlar os instintos, a ganância e a violência. O acesso aos valores da civilização, portanto, funcionaria como antídoto para todo o mal cometido pelos seres humanos contra seus semelhantes. Hoje poucos concordam com isso; a causa principal foram as atrocidades cometidas pelos regimes totalitários do século 20, que prosperaram até em países cultos e desenvolvidos, como a Alemanha. Por outro lado, não há educação consistente sem valores éticos. Você já refletiu sobre essas questões? Até que ponto considera a educação um instrumento para a formação de homens sábios e virtuosos?
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